Avô paterno e tio materno terão tutela compartilhada de menor

A 11ª câmara Cível do TJ/PR concedeu pedido de tutela compartilhada de adolescente com o tio materno e o avô paterno. Seguindo voto do relator, desembargador Dalla Vecchia, colegiado observou que a própria adolescente demonstrou interesse da tutela compartilhada.

Consta nos autos que os pais de adolescente faleceram e foi negada tutela compartilhada entre o tio e o avô.

Nas razões do recurso, o avô paterno alegou estar apto a exercer conjuntamente com o tio materno a tutela compartilhada da neta. Ainda, não se opôs que a residência de referência seja a do tio, podendo ser permitida a visitas aos avós no final de semana. Por fim, pediu a fixação da tutela compartilhada.

Ao analisar o caso, o relator, desembargador Dalla Vecchia, observou que tanto estudo social, como a manifestação do MP foram favoráveis à concessão da tutela compartilhada, por entenderem não haver óbice na sua concessão.

O magistrado ainda observou que a própria adolescente demonstrou interesse de ser assistida pelo tio materno em conjunto com o avô.

“Assim, não vislumbro óbice na concessão da tutela compartilhada, possibilitando que todos os interessados prestam a assistência necessária e fundamental a [adolescente], que, pelo infortúnio da perda precoce de seus pais, depende desta medida para ser representada legal e administrativamente nos afazeres de sua vida.”

Já em relação à visitação, o desembargador fixou que deverá ser acordada entre os tutores e a adolescente, de modo que tal situação se adeque aos interesses e disponibilidades dela.

Assim, conheceu e deu provimento ao recurso do avô paterno para o fim de estabelecer a tutela compartilhada da menor. A decisão foi unânime.

 

Fonte: Migalhas

Imagem: Image by Freepik

0

Postagens relacionadas

Herança de vítima de…

A 1ª Vara Cível da Comarca de São Borja, no Rio Grande do Sul, determinou a exclusão de um homem condenado pelo feminicídio da esposa da herança deixada por ela.…
Consulte Mais informação

União estável é reconhecida…

A 2ª câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJ/MT) reconheceu, de forma provisória, que uma união estável teve início em dezembro de 2003 - e…
Consulte Mais informação

STJ decide manter pagamento…

Um homem deverá pagar R$ 4 milhões, em parcela única, à ex-companheira a título de alimentos compensatórios, após a separação. A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve…
Consulte Mais informação