Justiça do Rio reconhece parentalidade socioafetiva dois meses após distribuição da ação

Com base no princípio de prioridade absoluta, a Justiça do Rio de Janeiro reconheceu a parentalidade socioafetiva de uma criança após dois meses de distribuição da ação.

As famílias envolvidas no caso já se conheciam, mas a criança, ainda na primeira infância, passou a frequentar com maior frequência a casa dos pais socioafetivos.

Consta na sentença que os requerentes ajuizaram Ação de Reconhecimento de Parentalidade em face dos réus, pais biológicos, que ingressaram voluntariamente nos autos, concordando com o pedido.

Vale ressaltar que os pais biológicos já sabiam da vontade da criança de ter o sobrenome dos pais socioafetivos.

A Justiça, então, homologou e reconheceu a procedência do pedido, reconhecendo o casal como pais socioafetivos da criança, que passa a ter o nome dos dois no registro civil.

Processo contou com farto material probatório

De acordo com a sentença, ambas as famílias, biológica e socioafetiva, concordaram com o reconhecimento parental desde o início do processo.
Além disso, tudo foi instruído com farto material probatório, tais como fotos; declarações de amigos, familiares e escola; comprovação de dependência econômica da família socioafetiva e, acima de tudo, “um Judiciário atento às necessidades da criança”.

Ademais, o reconhecimento do parentesco socioafetivo passou a produzir para a criança todos os efeitos, pessoais e patrimoniais, do parentesco biológico, tanto para os pais quanto para os filhos, além de também assegurar outros direitos do menor, como alimentos, guarda e convivência familiar, entre outros.

 

Fonte: IBDFAM

Imagem: Image by Freepik

0

Postagens relacionadas

Mulher vítima de violência…

No Rio Grande do Sul, uma mulher vítima de violência doméstica conseguiu o divórcio impositivo com direito à partilha parcial dos bens do ex-cônjuge no mesmo dia do ajuizamento do…
Consulte Mais informação

STJ mantém criança com…

Por não possuir vínculo próximo com a tia biológica e viver há mais de um ano com os adotantes, uma criança deve continuar com a família substituta. A decisão é…
Consulte Mais informação

Ausência de socioafetividade permite…

Se a presença de socioafetividade autoriza que se reconheça o vínculo de filiação entre duas pessoas, sua ausência pode resultar no rompimento dele, mesmo quando o parentesco for biológico. Com…
Consulte Mais informação